A Cobertura da emergência climática exigirá investigação, independência e cobertura in loco
por Maristela Crispim* (12/12/2022)
Em 2023, a cobertura de meio ambiente enfrentará o desafio de vigiar poderes, lutar contra a desinformação, fiscalizar ações e educar a população, conectando um dos temas mais urgentes da atualidade ao dia a dia das pessoas
Após a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, a ECO-92, floresceram colunas, páginas, cadernos, suplementos, revistas, jornalistas especializados na cobertura ambiental no Brasil. Com o passar dos anos, essa efervescência foi arrefecendo e a cobertura especializada amadureceu, sobretudo com a realização de outros grandes eventos como as Conferências do Clima, as COPs. E essa cobertura foi ganhando mais ares de jornalismo científico.
Este processo sofreu um duro golpe, no entanto, com as mudanças sofridas nas grandes redações durante as últimas décadas, com profissionais cada vez menos experientes, com menos tempo, autonomia e espaço. Os mais experientes que não migraram para a área de assessoria de comunicação ou ensino superior, passaram a atuar como freelancers ou abriram novas mídias digitais independentes. Há exceções, é claro. Mas são poucas.
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